"A principal dúvida de toda a minha existência será entre deixar tudo na minha mente ou passá-lo para o papel" - DH
04/12/12
Ser tu dentro de ti próprio
Não terás nada a perder na vida, excepto tu próprio. Perderás vida a cada contratempo, a cada amargo sobressalto, a cada dor que sentires sofrerás menos, criarás escudos cada vez mais resistentes, porém a tua alma sempre se agitará consoante as ondas do teu destino. Serás muitos num só, serás único em ti próprio. Lutarás a cada dia rumo à apoteose do teu ser, farás com que cada sonho guie o teu caminho. Jamais deixarás de ser aquela criança em busca de um mundo novo, esse pequeno ser nunca deixará de guiar o bater do teu coração ao lado do adolescente que te conduz à chama da razão e da maturidade. E é exactamente assim que tombarás diante de ti, a eterna criança com o condão da maturidade. Por isso enquanto caminhas em direcção à decadência de ti próprio, luta, sonha, vive, mas nunca te esqueças de ser tu dentro de ti próprio.
13/11/12
Numa Qualquer Rua
Passeava numa qualquer rua
Quando te ouvi chamar por mim
Com gritos de dor e de pranto
Pois sabias que estaria ali
Tive receio em procurar-te,
O teu nome ainda o pronuncio
Mas já não fazes parte de mim,
Já não és como esta chuva de Outono que me anima.
Tornaste-te o inferno dos meus dias
O Verão escaldante que não tolero
Contudo ainda estás aqui.
Permaneces na sombra dos meus passos,
Sendo aquele negro que me tolda o olhar
Porque a página do passado não se virou
Regressa dor, ao esquecimento provocado
Ao lugar neutro onde permanecias
Deixa-me libertar destes fantasmas do passado,
Alcançar a estabilidade pretendida,
Ser o feliz idiota que gostaria.
Quando te ouvi chamar por mim
Com gritos de dor e de pranto
Pois sabias que estaria ali
Tive receio em procurar-te,
O teu nome ainda o pronuncio
Mas já não fazes parte de mim,
Já não és como esta chuva de Outono que me anima.
Tornaste-te o inferno dos meus dias
O Verão escaldante que não tolero
Contudo ainda estás aqui.
Permaneces na sombra dos meus passos,
Sendo aquele negro que me tolda o olhar
Porque a página do passado não se virou
Regressa dor, ao esquecimento provocado
Ao lugar neutro onde permanecias
Deixa-me libertar destes fantasmas do passado,
Alcançar a estabilidade pretendida,
Ser o feliz idiota que gostaria.
Serás tu?
Não encontro a mentira nesses olhos
Transparentes como esta chuva que cai,
Negros como esta chuva que me ilumina
Encontrarei a luz numa alma difusa,
Uma razão invariavelmente transformada
Talvez me dês um pouco mais que nada
Serás tu a felicidade estanque?
A força dos passos de um novo dia,
Colírio destes olhos destruídos?
Quiçá sejas somente o meu novo paraíso.
Transparentes como esta chuva que cai,
Negros como esta chuva que me ilumina
Encontrarei a luz numa alma difusa,
Uma razão invariavelmente transformada
Talvez me dês um pouco mais que nada
Serás tu a felicidade estanque?
A força dos passos de um novo dia,
Colírio destes olhos destruídos?
Quiçá sejas somente o meu novo paraíso.
16/10/12
Saudade
Porque nunca chorámos as lágrimas da vida
Ficando à mercê de múltiplos relógios,
Somos os frutos da agitação dos nossos dias
O filho pródigo do brilho de tantos olhos.
Neste compasso que nos guia
Por entre tantas vielas suplicantes
Ouvi-te tantas vezes falar desses traços do destino
Mas tu, não vives ao sabor dos instantes
Guias-te por entre a penumbra de uma cidade
No caminho cruel das almas errantes
Pelas sombras que cobrem a tua vontade.
Jamais saberás o que é morrer,
Ficarás pelo declínio da realidade
Nunca aprendeste a sofrer,
Nem saberás o que é realmente saudade.
Ficando à mercê de múltiplos relógios,
Somos os frutos da agitação dos nossos dias
O filho pródigo do brilho de tantos olhos.
Neste compasso que nos guia
Por entre tantas vielas suplicantes
Ouvi-te tantas vezes falar desses traços do destino
Mas tu, não vives ao sabor dos instantes
Guias-te por entre a penumbra de uma cidade
No caminho cruel das almas errantes
Pelas sombras que cobrem a tua vontade.
Jamais saberás o que é morrer,
Ficarás pelo declínio da realidade
Nunca aprendeste a sofrer,
Nem saberás o que é realmente saudade.
06/10/12
Torna-te único, e começarás a ser tu.
Duvido que alguma vez tenhas vivido a sensação de não vir a ter o amanhã, em que os teus olhos no final de mais uma noite não se voltariam a abrir, não te libertando desse pesadelo que te perturba a alma. Para ti isso seria motivo de felicidade, pois há muito a vida perdeu o sentido e para onde quer que olhes, não vez ninguém capaz de te ajudar, mesmo estando rodeado de pessoas capazes e dispostas a fazê-lo. Estás preso numa redoma, para além da tua dor e da tua vã existência, pouco mais serás capaz de suportar diante dos olhos, magoa-te tudo o que há para além de ti. Mas sabes, há muito mais do que aquela dor que nos mutila diariamente, sim, porque dessa dor não te libertarás, somente a conseguirás acalmar, quando te conheces o suficiente para conseguires controlar-te. Existe muito mais para explorar, pessoas para conhecer, conhecimentos para obter. Porém, assumo, o processo de transição é deveras longo, e por vezes demasiado duro, mas isso não o torna impossível, torna-o ainda mais aliciante. Não te resignes a olhar em frente e não ver quem está ao teu lado, sobretudo lembra-te, terás sempre alguém disposto a estender-te a mão e levar-te ao topo, mesmo que isso te pareça impossível. Relembra-te sempre que há muito à tua volta, que todas as dores são barreiras que temos de derrubar de qualquer forma. Por isso, conhece-te, torna-te em alguém capaz de vencer esse marasmo. Torna-te único, e começarás a ser tu.
29/09/12
Changement
Difícil é ser-se capaz de
abandonar quem mais gostamos e ter a coragem suficiente para sair da zona de
conforto. Uma coisa é alterar ligeiramente uma rotina, outra é transformar a
vida. Decidi correr o risco. Por mim, pela minha veia de aventureira que nunca
deixei apagar, por querer sempre descobrir os meus limites, independentemente
das consequências. Se me custou deixar tudo de parte? Sem dúvida, as melhores
pessoas da minha existência estão em Portugal. Cá tenho o meu ídolo e um dos
homens da minha vida. Basta-me isso e adorar estar aqui.
Estou feliz, como nunca me senti.
Faço o que gosto, sobretudo estudo o que sempre quis, e entendo-me
perfeitamente aqui. A língua é diferente, mas aprende-se. Ter a hipótese de ser
uma aluna portuguesa aqui, é única e inesquecível.
Das duas Licences que estou a
fazer, a de Português é sem dúvida a que mais me completa. Dá-me uma felicidade
tremenda e um prazer inexplicável estar em aulas que abordam a língua que tanto
venero, que me orgulho de falar fluentemente. Pode ser difícil, mas nada que
valha a pena é fácil.
Tenho saudades de tudo, apesar de
só cá estar há duas semanas. Sinto saudades dos meus amigos, dos meus pais. Mas
sinto-me feliz. E basta-me esta estabilidade psicológica e saber que tudo está
bem com as pessoas que gosto para estar bem.
08/09/12
Incongruências
Será fantástico sentires o apogeu
Quando não estás em ti?
Ao teu redor tudo se transformou em luz,
Fragmentos de vida que se perderam.
Considerarás mais fácil sorrir
Do que demonstrar um interior obtuso
Expondo o pior da tua essência.
Reduziste a cinzas o que terias de bom
Tornaste em nada o pouco que eras.
Quiçá o presságio da morte que tanto esperas?
Quando não estás em ti?
Ao teu redor tudo se transformou em luz,
Fragmentos de vida que se perderam.
Considerarás mais fácil sorrir
Do que demonstrar um interior obtuso
Expondo o pior da tua essência.
Reduziste a cinzas o que terias de bom
Tornaste em nada o pouco que eras.
Quiçá o presságio da morte que tanto esperas?
26/08/12
Representas?
Mantens a pose de actriz inconsequente
Que esconde o mal de tantas almas
Serás o exemplar perfeito da encenação
Pois não largarás esse papel até à morte.
Viver dentro desse corpo será difícil.
Persegues o sonho que está por realizar,
Pensar será sempre mais duro que existir
Fazes a tua existência um jogo de representar
Sonhando alivias os passos que estão por dar
Sorris irreflectidamente ao sabor da realidade
Escondes as mágoas que te consomem
Somente não perdes essa pose que te faz brilhar.
Que esconde o mal de tantas almas
Serás o exemplar perfeito da encenação
Pois não largarás esse papel até à morte.
Viver dentro desse corpo será difícil.
Persegues o sonho que está por realizar,
Pensar será sempre mais duro que existir
Fazes a tua existência um jogo de representar
Sonhando alivias os passos que estão por dar
Sorris irreflectidamente ao sabor da realidade
Escondes as mágoas que te consomem
Somente não perdes essa pose que te faz brilhar.
16/08/12
24/07/12
Negro
Trabalharás sempre o negro
Até ao derradeiro final dos teus dias
Darás chance à cor
Mas será sempre o negro que une o teu corpo
Tornando uno
O que nunca passou de pedaços
Fragmentos instáveis de ti próprio
Espécime unido por tons
Onde o peito negro inflama de prazer
Sonhar nunca foi errado
A cor meramente serviu para te conhecer
Mantém o génio que pulsa nos teus passos
Pose de actor inconsciente
Espelho desse olhar de criança perdida
Fruto de um sonho inacabado.
Para a grande Mozie, ninguém o merece a não ser ela.
LY <3
Até ao derradeiro final dos teus dias
Darás chance à cor
Mas será sempre o negro que une o teu corpo
Tornando uno
O que nunca passou de pedaços
Fragmentos instáveis de ti próprio
Espécime unido por tons
Onde o peito negro inflama de prazer
Sonhar nunca foi errado
A cor meramente serviu para te conhecer
Mantém o génio que pulsa nos teus passos
Pose de actor inconsciente
Espelho desse olhar de criança perdida
Fruto de um sonho inacabado.
Para a grande Mozie, ninguém o merece a não ser ela.
LY <3
17/07/12
Antítese
Quero mais a cada dia
Sonharei cada vez menos
Ilusões são somente factos
Dar outros passos como gostaria
Caminho em direcção a nada
Quiçá este nada seja tudo.
Será aquele brilho nos meus olhos
Chama livre dos meus pensamentos?
Corro cada vez mais atrás de mim
Passos já não os dou há muito
“Não sei”, são as palavras do passado
Futuro, por agora, é um “talvez”,
Com menores riscos de sofrimento
Metáfora era saber que não vivi
Antítese será fugir destes medos.
Sonharei cada vez menos
Ilusões são somente factos
Dar outros passos como gostaria
Caminho em direcção a nada
Quiçá este nada seja tudo.
Será aquele brilho nos meus olhos
Chama livre dos meus pensamentos?
Corro cada vez mais atrás de mim
Passos já não os dou há muito
“Não sei”, são as palavras do passado
Futuro, por agora, é um “talvez”,
Com menores riscos de sofrimento
Metáfora era saber que não vivi
Antítese será fugir destes medos.
03/07/12
Lua
Dás vida a hora errada
A quem por crença não a merece
Iluminas existências trocadas
Marcas quem terá de sofrer
Iluminas destinos negros
Dás alento a tantas almas
Só por ti muitos querem viver
Com o nada que tens para oferecer
Esse nada elevado ao divino
Imutável e sem sentido.
Conheces tão as fases
Deste tão turbulento trilho
Mantém essa chama de prata acesa
Queima os olhos de quem só deseja luz
Aos que perseguem sombras defensivas
Pois a felicidade não está em toda a parte.
Construí-la faz parte do processo.
Faz da lua o teu guia
Aprende a fechar os olhos a essa agonia.
A quem por crença não a merece
Iluminas existências trocadas
Marcas quem terá de sofrer
Iluminas destinos negros
Dás alento a tantas almas
Só por ti muitos querem viver
Com o nada que tens para oferecer
Esse nada elevado ao divino
Imutável e sem sentido.
Conheces tão as fases
Deste tão turbulento trilho
Mantém essa chama de prata acesa
Queima os olhos de quem só deseja luz
Aos que perseguem sombras defensivas
Pois a felicidade não está em toda a parte.
Construí-la faz parte do processo.
Faz da lua o teu guia
Aprende a fechar os olhos a essa agonia.
Sonho sem rumo.
Toldei este caminho
Nos passos loucos de um sonho
Caí, sem uma mão para me levantar
Sofri, sem lágrimas para libertar
Ajudei a fénix a renascer
Das duras cinzas da morte
Construí esta sorte.
Soltei-me das rédeas da fantasia.
Trilhei os novos passos deste rumo
Ciente de tantas falhas naturais
Resultado destas marcas imortais
Mas o sonho, permanece meu.
Louco, compulsivo e turbulento
Carregado de fragmentos incoerentes,
Tal como tudo aquilo que escrevo
E aquilo que está por escrever
Sigo esta viagem na faixa do risco
Caindo fatalmente desamparada.
Porém, escolhi escrever por conforto.
É somente o conforto da minha alma.
Transcendência elevada ao infinito,
Sonho sem rumo.
Nos passos loucos de um sonho
Caí, sem uma mão para me levantar
Sofri, sem lágrimas para libertar
Ajudei a fénix a renascer
Das duras cinzas da morte
Construí esta sorte.
Soltei-me das rédeas da fantasia.
Trilhei os novos passos deste rumo
Ciente de tantas falhas naturais
Resultado destas marcas imortais
Mas o sonho, permanece meu.
Louco, compulsivo e turbulento
Carregado de fragmentos incoerentes,
Tal como tudo aquilo que escrevo
E aquilo que está por escrever
Sigo esta viagem na faixa do risco
Caindo fatalmente desamparada.
Porém, escolhi escrever por conforto.
É somente o conforto da minha alma.
Transcendência elevada ao infinito,
Sonho sem rumo.
02/07/12
5.
Parece que foi ontem.
A última vez que perguntei por ti, que pensava em visitar-te, mas temia ver-te lentamente a morrer ou tinha sempre algo mais urgente para fazer. Não me conformei, e creio que vou demorar ainda muito tempo a conformar-me. Sinto uma culpa tremenda dentro de mim, um grito que não consigo calar, uma dor sufocante.
Não consigo descrever o momento em que soube, em que as lágrimas sufocavam a tua filha, e eu, que em frente ao computador me rendia ao completo choque que assolou a minha cara e a minha alma. Não acreditei, ainda não acredito. Era dia 12 de Março, um dia por natureza triste, em que a tristeza já era natural e absolutamente espontânea. Agora ainda mais.
Lembro-me que estive 48h sem dormir, a tua imagem não me saia da cabeça, a tua voz não se desprendia dos meus tímpanos. E aquela pergunta “Porquê?”, acompanhava cada volta que dava na cama, cada lágrima que engolia para não acordar ninguém.
Assumo que não aceito a tua ausência, para mim é como se ainda cá estivesses, e eu sei que estás. Estás dentro do meu peito, a manter as nossas melhores memórias vivas, e mesmo as menos boas.
Dói-me saber que nunca chegaste a saber que me vou embora, que fui aceite numa boa faculdade, que passei de ano, que fiz das tripas coração para atingir os meus objectivos. Custa-me saber que não estás aqui fisicamente, que não ouvirei a tua voz frágil dizer o meu nome. Choro cada vez que penso em ti, cada vez que baixo a cara e fujo do assunto, mesmo que não deixe soltar as lágrimas, elas escorrem interiormente.
Fazes-me falta, e eu assumo que cometi erros brutais, mas nunca te esqueci, somente fui demasiado egoísta para aceitar a tua partida, que continuo sem aceitar. Não te esqueço, e a cada vitória minha, um pedacinho será sempre teu, porque nunca te esquecerei, mesmo que tentem que o faça.
16/06/12
End of story.
Desde já desculpem-me se alguma vez fui arrogante, se demonstrei o meu mau-feitio, se alguma vez vos fiz mal de alguma maneira. Tem as suas razões, cujos motivos de tão fortes não vos poderei explicar, e também prefiro que fiquemos assim.
Passei 3 belos anos a vosso lado, com conflitos, brigas, risos e choros, mas sempre lá estava alguém para apoiar quem precisava. Deram-me as melhores memórias que poderia ter, desde os ataques de riso espontâneos da Patrícia, as piadas do Sousa, e as frases históricas do Pina. As nossas aulas guardam grandes histórias, as melhores de todas. São todos pessoas enormes, impossíveis de descrever, no melhor sentido das palavras. Guardarei positivamente um pouco de vocês todos na minha memória. Nunca fomos a melhor turma, não eramos unidos, tínhamos todos um defeito, mas nunca ninguém poderá dizer que não se divertiu connosco.
Ao fim deste belo ciclo, gostava de vos agradecer por tudo o que de bom e mau me vão deixar na memória, pela boa disposição, pela amizade, por me terem acolhido tão bem, assim como eu vos acolhi a vocês.
Obrigado por serem todos, as pessoas que são, e desejo-vos o melhor que vocês possam fazer por vós.
Vão deixar saudades, marcaram a minha vida e todo o meu rumo. Vou sentir a vossa falta.
Para sempre LH!
12/06/12
Redoma
Virgindade da infância
Laço que se quebra com saudade
Caminho que trilharás até ao fim
Ao fim desta existência
Repleta de tudo o que quiseres
Sonhos ou promessas
Ligações que a verdade não esquece
Perdeste a tua cedo demais
Rendeste-te à redoma da melancolia
Fado triste que escreve a tua história
Garra de ser maior que a monotonia
Entreguei-me a ti,
Inocência que já não me guias,
Acendes a candeia de realidade.
Venero-te, antes que seja tarde.
Laço que se quebra com saudade
Caminho que trilharás até ao fim
Ao fim desta existência
Repleta de tudo o que quiseres
Sonhos ou promessas
Ligações que a verdade não esquece
Perdeste a tua cedo demais
Rendeste-te à redoma da melancolia
Fado triste que escreve a tua história
Garra de ser maior que a monotonia
Entreguei-me a ti,
Inocência que já não me guias,
Acendes a candeia de realidade.
Venero-te, antes que seja tarde.
Somente mais um.
Barulho louco da incoerência
Vã ilusão de tranquilidade
Somente te criaste desta forma
Opaco e fugitivo da realidade
Penso que sonhas demais
Tornando difícil o agradável
Loucura de ser tão fraca a vontade
Apaga os trilhos que vais percorrendo,
De modo a ninguém os repetir.
Feitos de erros e tristezas
Filhos da chuva que está para vir.
Dissipa a sombra pesada que te assombra
Escuridão que nos é tão comum
És o filho pródigo da saudade.
Eu serei somente mais um.
Vã ilusão de tranquilidade
Somente te criaste desta forma
Opaco e fugitivo da realidade
Penso que sonhas demais
Tornando difícil o agradável
Loucura de ser tão fraca a vontade
Apaga os trilhos que vais percorrendo,
De modo a ninguém os repetir.
Feitos de erros e tristezas
Filhos da chuva que está para vir.
Dissipa a sombra pesada que te assombra
Escuridão que nos é tão comum
És o filho pródigo da saudade.
Eu serei somente mais um.
29/05/12
Silêncio
Provoca convulsões de prazer
Como pequenos golpes repetitivos
Inflamados de desejos oprimidos
Repletos de fome de sofrer
Porque a podridão nos atormenta
Somos porque existimos,
Pensamos,
Principalmente por resistirmos
Porém o silêncio é o nada que nos conforta
Terapia de uma dor alucinante
Passado sem história presente
Melodia que jamais importa.
Como pequenos golpes repetitivos
Inflamados de desejos oprimidos
Repletos de fome de sofrer
Porque a podridão nos atormenta
Somos porque existimos,
Pensamos,
Principalmente por resistirmos
Porém o silêncio é o nada que nos conforta
Terapia de uma dor alucinante
Passado sem história presente
Melodia que jamais importa.
17/05/12
I
“Um sorriso de mulher pode segurar o mundo dos que estão à tua volta. Mas muitas vezes é melhor virar a cara” - DH
12/05/12
Até já Bernardo.
"Da utopia eu crio filosofia todo o dia quando a apatia
Senta no meu colo e arrelia
(...)
A caminho com prudência eu não esqueço a violência
Que levou alguns dos melhores da minha existência"
http://www.youtube.com/watch?v=U8nyUp1JjBc
Cada vez mais este 2012 se torna negro.
Obrigada por teres musicado a única música que me compreendia quando agonizava, quando não via mais que dor. Pelas lágrimas que me fizeste soltar com a tua música.
Até já Bernardo.
Senta no meu colo e arrelia
(...)
A caminho com prudência eu não esqueço a violência
Que levou alguns dos melhores da minha existência"
http://www.youtube.com/watch?v=U8nyUp1JjBc
Cada vez mais este 2012 se torna negro.
Obrigada por teres musicado a única música que me compreendia quando agonizava, quando não via mais que dor. Pelas lágrimas que me fizeste soltar com a tua música.
Até já Bernardo.
06/05/12
Mãezinha
Para mim, dia da mãe, são todos aqueles dias em que tenho a chance de estar ao teu lado.
Ouvir os teus sermões, sentir a maior inveja destes teus olhos de três cores.
Obrigada por me dares vida, por não desistires de mim, mesmo que eu o faça.
05/05/12
Neste leito de morte
Jaz quem não deveria ter existido,
Pouco digno dessa sorte
Repleto de ilusão de me ter possuído
Nos olhos vazios,
Existe ainda um louco brilho
Pensamentos doentios.
Enquanto o peso da vida se desvanece
Esfumam-se os desejos,
Rumo ao mais alto dos céus.
Continuo a olhar-te,
Sentindo o ódio pulsar nas veias
Parte, dor que me afliges
Auxiliando o meu medo do positivo
Deixa para trás o que me roubaste,
Solta o alto da minha essência
Por mim,
Somente porque mereço.
Egoísta?
Só tu me tornaste assim.
29/04/12
Génio da porta ao lado
Rodeei-me de cinismo e falsidade
Espelho baço de medos
Assassinos deste sentimento de verdade
Realidade conjugada no imperfeito
Pretérito da inocência,
Conjugação de puro desalento
Estilhaço da bala da amizade
Espelho baço de medos
Assassinos deste sentimento de verdade
Realidade conjugada no imperfeito
Pretérito da inocência,
Conjugação de puro desalento
Estilhaço da bala da amizade
Crise de existência por ciclos
Intolerável por qualquer intelecto
Chama com défice de afecto
Doença incurável de querer
Louco sonho de viver
Génio da porta ao lado
Sombra trespassada por prazer
Lâmina afiada que não me faz sofrer.
Intolerável por qualquer intelecto
Chama com défice de afecto
Doença incurável de querer
Louco sonho de viver
Génio da porta ao lado
Sombra trespassada por prazer
Lâmina afiada que não me faz sofrer.
25/04/12
Abril.
"Obrigada Abril, pela Liberdade que trouxeste, nunca tão desejada. Por me teres trazido esta sede insaciável de luta." - DH
Quatro.
O tempo passou em velocidade ultra rápida, e completam-se quatro anos, do renascimento. Daquela morte temporária mas urgente, do abrir de olhos mais desejado. Nestes quatro anos muita coisa mudou, construi uma nova realidade, aprendi a olhar-me e a olhar este mundo. Construi-me, destrui muito daquilo que considerava bom, por medo. Agradeço-me por ter acordado, por ter deixado a pior parte de mim naquela cama de hospital. Por ter conseguido superar tudo, por estar aqui, sendo mais forte que nunca.
17/04/12
Momento publicitário
"You can see a genius in a wall, but he is always in your heart" - DH
http://mechanicalcontusion.tumbrl.com/
[Este momento de publicidade é (com)participado, pela minha real cavalgadura XD]
http://mechanicalcontusion.tumbrl.com/
[Este momento de publicidade é (com)participado, pela minha real cavalgadura XD]
15/04/12
Morte a sete tempos
Morte ao tempo
A um relógio que nos guia,
Controlado por um palpitar desconhecido
Sem rumo
Pulsar dormente,
Sedento de controlar estes passos
Gerir a minha realidade.
Perdeste há muito esse poder.
Morre, tu, ser obstinado
Que tanto nos tentas dominar
Iludido, julgas-te vencedor
Xeque-mate à força obtido
Possuí quem te ambicione conquistar
Pela minha vontade, morre
Desaparece num manto de neblina
Da qual não te atrevas a regressar
Leva contigo todas as marcas
Pois és incapaz de as sarar
Vais simplesmente destruindo
O furioso motor de viver
A um relógio que nos guia,
Controlado por um palpitar desconhecido
Sem rumo
Pulsar dormente,
Sedento de controlar estes passos
Gerir a minha realidade.
Perdeste há muito esse poder.
Morre, tu, ser obstinado
Que tanto nos tentas dominar
Iludido, julgas-te vencedor
Xeque-mate à força obtido
Possuí quem te ambicione conquistar
Pela minha vontade, morre
Desaparece num manto de neblina
Da qual não te atrevas a regressar
Leva contigo todas as marcas
Pois és incapaz de as sarar
Vais simplesmente destruindo
O furioso motor de viver
Pesadelo Racional
Bebo um cálice deste vinho de um século passado
Cujo pó me atordoa
Trazendo memórias que julgava desaparecidas
Realidade vã que me magoa
Percebo que um problema não é o que julgo
É o novo conjugado pelo desconhecido
Suspense demasiadas vezes adormecido
Demasiado pesado para não ser sentido
Pesadelo racional,
Luta dormente de vontade
Passado tão recente
História que poderia ser verdade.
Cujo pó me atordoa
Trazendo memórias que julgava desaparecidas
Realidade vã que me magoa
Percebo que um problema não é o que julgo
É o novo conjugado pelo desconhecido
Suspense demasiadas vezes adormecido
Demasiado pesado para não ser sentido
Pesadelo racional,
Luta dormente de vontade
Passado tão recente
História que poderia ser verdade.
13/04/12
Filosofia barata II
"O tamanho duma pessoa não é visível pela estatura, vê-se na essência de ser" - DH
08/04/12
É errado sentir-me humana
É errado sentir-me humana
Sentir a apoteose a pulsar-me nas veias
Vazias de espírito
Tão escassas de existência
Errado é sentir-me grande
Neste diminuto pedaço de carne
Insensível e incoerente
Sedento de pura inocência
Descrente desta força que o sustenta
Escuridão que sempre o iluminou
Pedaço de vã carne dormente
Cinzas com esperança de renascer.
Sentir a apoteose a pulsar-me nas veias
Vazias de espírito
Tão escassas de existência
Errado é sentir-me grande
Neste diminuto pedaço de carne
Insensível e incoerente
Sedento de pura inocência
Descrente desta força que o sustenta
Escuridão que sempre o iluminou
Pedaço de vã carne dormente
Cinzas com esperança de renascer.
04/04/12
Ninguém cala esse vazio
Chama que consome um corpo
Inanimado,
Preso às garras da amargura
Ao pesado fardo do silêncio
Nada o compreende
A dimensão do tempo não o invade
O pulsar vibrante dos ponteiros
Daquele relógio
Que ninguém conseguirá parar
Simplesmente o desaparecer da angústia
Latente esperança ilusória.
Felicidade? Somente nada reduzido a tão pouco
Negro desfeito em cinzas
Cinzas dormentes de fantasia,
Reflexo de mágoa
Sombra repleta de magia.
Pedaço de tudo elevado ao divino.
Chama que consome um corpo
Inanimado,
Preso às garras da amargura
Ao pesado fardo do silêncio
Nada o compreende
A dimensão do tempo não o invade
O pulsar vibrante dos ponteiros
Daquele relógio
Que ninguém conseguirá parar
Simplesmente o desaparecer da angústia
Latente esperança ilusória.
Felicidade? Somente nada reduzido a tão pouco
Negro desfeito em cinzas
Cinzas dormentes de fantasia,
Reflexo de mágoa
Sombra repleta de magia.
Pedaço de tudo elevado ao divino.
29/03/12
(In)Coerência Pura
Não venhas rasgar este céu a meu lado
Ensinar-me que nada é um eufemismo,
Ao teu lado sinto perigo
Desconheço-te, meu abismo
Vejo a vida de outra forma
Sempre fez parte da história
Nunca soube olhar para mim.
Sinto a dor desta maneira,
A real e derradeira,
Somente me ensinaste a ser infeliz.
Guardando mágoas na memória,
Dor mais forte que outrora
Percebo que não estás aqui
Sinto a paz por um instante,
Sou apenas um eterno viajante.
Porém contigo aprendi,
A cor é a luz mais escura,
Verdade nua e crua
Desejo forte de te vencer
Resta a dor de saber que estás em mim.
Queria dizer-te adeus,
Quebrando o ciclo que me amaldiçoa
Libertar tudo o que magoa.
Simplesmente começar a existir.
Ensinar-me que nada é um eufemismo,
Ao teu lado sinto perigo
Desconheço-te, meu abismo
Vejo a vida de outra forma
Sempre fez parte da história
Nunca soube olhar para mim.
Sinto a dor desta maneira,
A real e derradeira,
Somente me ensinaste a ser infeliz.
Guardando mágoas na memória,
Dor mais forte que outrora
Percebo que não estás aqui
Sinto a paz por um instante,
Sou apenas um eterno viajante.
Porém contigo aprendi,
A cor é a luz mais escura,
Verdade nua e crua
Desejo forte de te vencer
Resta a dor de saber que estás em mim.
Queria dizer-te adeus,
Quebrando o ciclo que me amaldiçoa
Libertar tudo o que magoa.
Simplesmente começar a existir.
23/03/12
Recaída
A inconsciência da plenitude
Julgando que a serenidade nos atingiu
Quando não é mais que aquela dor intensa
Sentimento de fracasso incessante
Tentando enganar o intelecto com sorrisos
Estando tão carregado de dúvidas
Carregando a dor inexplicável
Provocadora deste desejo atroz de partir
Deixando desaparecer tudo o que dói,
Fragmentos que a memória não apaga
Alimentando esta solidão destruidora
Vontade de fugir esmagadora
Remetendo ao silêncio
Ocultando a dor da verdade,
Este desejo de desistir
Dura realidade de nada me compreender
Esboçando sorrisos de aparente estabilidade
Mascarando o cansaço deste lugar
Responsável por esta dor que me perturba
Tornando a vontade de partir mais forte do que nunca.
Julgando que a serenidade nos atingiu
Quando não é mais que aquela dor intensa
Sentimento de fracasso incessante
Tentando enganar o intelecto com sorrisos
Estando tão carregado de dúvidas
Carregando a dor inexplicável
Provocadora deste desejo atroz de partir
Deixando desaparecer tudo o que dói,
Fragmentos que a memória não apaga
Alimentando esta solidão destruidora
Vontade de fugir esmagadora
Remetendo ao silêncio
Ocultando a dor da verdade,
Este desejo de desistir
Dura realidade de nada me compreender
Esboçando sorrisos de aparente estabilidade
Mascarando o cansaço deste lugar
Responsável por esta dor que me perturba
Tornando a vontade de partir mais forte do que nunca.
20/03/12
Escorre sangue na parede branca
Fruto das batalhas de outrora
Brota ainda um fio que não estanca
Aquele que a dor não ignora
Surgem guerras em toda a parte
Razão que nos ajuda a vencer,
Acendem a chama na sua plenitude
Mesmo sabendo que viver, é ganhar e perder
Ainda resta a espada da arrogância
Que tantos corações mutilou
Permanece o escudo da ignorância
Ao tentar vencer a batalha que terminou
Resta a dor da derrota
De tantas feridas por sarar
Daquilo que à volta se alterou,
Do que o tempo ainda não enterrou
Falta somente uma batalha
A mais dolorosa de travar,
De manter acesa a chama
Desta desditosa vida continuar.
Honroso 2º Lugar na II Concurso de Poesia do Agrupamento de Escolas Fernão do Pó, orgulho *.*
Fruto das batalhas de outrora
Brota ainda um fio que não estanca
Aquele que a dor não ignora
Surgem guerras em toda a parte
Razão que nos ajuda a vencer,
Acendem a chama na sua plenitude
Mesmo sabendo que viver, é ganhar e perder
Ainda resta a espada da arrogância
Que tantos corações mutilou
Permanece o escudo da ignorância
Ao tentar vencer a batalha que terminou
Resta a dor da derrota
De tantas feridas por sarar
Daquilo que à volta se alterou,
Do que o tempo ainda não enterrou
Falta somente uma batalha
A mais dolorosa de travar,
De manter acesa a chama
Desta desditosa vida continuar.
Honroso 2º Lugar na II Concurso de Poesia do Agrupamento de Escolas Fernão do Pó, orgulho *.*
13/03/12
05/03/12
29/02/12
Melodia perigosa
Suave melodia que a tantos alimentas
Transcendendo cada pedaço de tão surreais existências
Rodeadas de erros e fracassos
Construindo futuros repletos de ilusões perdidas
Vãs razões de viver
Metafísica demasiado cruel para negar
Extinguindo este fogo de existir,
Latente esperança de triunfar
Pois tudo se resume a esta melodia,
Tão agitada dentro desses corpos de aluguer,
De meras almas por empréstimo…
Resumo de um fado impossível de resistir.
Destino de negros traços
Mascarados pela ficção da continuidade.
Revelados por uma dor insuportável
De existir sem sentir esta melodia vibrar.
Transcendendo cada pedaço de tão surreais existências
Rodeadas de erros e fracassos
Construindo futuros repletos de ilusões perdidas
Vãs razões de viver
Metafísica demasiado cruel para negar
Extinguindo este fogo de existir,
Latente esperança de triunfar
Pois tudo se resume a esta melodia,
Tão agitada dentro desses corpos de aluguer,
De meras almas por empréstimo…
Resumo de um fado impossível de resistir.
Destino de negros traços
Mascarados pela ficção da continuidade.
Revelados por uma dor insuportável
De existir sem sentir esta melodia vibrar.
25/02/12
Neste carnaval de negras feras
Onde cada segundo se define perpetuamente
À imagem de uma alegria desconcertante
Fruto intenso desta atmosfera
Onde almas vãs e indolentes
Escondem-se na lúcida esperança de existir,
Chama de uma existência perdida
Vida nunca antes vivida
Gritando imponentes para quem os observe
Cuja razão se transforma em nada
Consumindo a dolorosa réstia de ilusão
Que sempre os rodeou de emoção.
Onde cada segundo se define perpetuamente
À imagem de uma alegria desconcertante
Fruto intenso desta atmosfera
Onde almas vãs e indolentes
Escondem-se na lúcida esperança de existir,
Chama de uma existência perdida
Vida nunca antes vivida
Gritando imponentes para quem os observe
Cuja razão se transforma em nada
Consumindo a dolorosa réstia de ilusão
Que sempre os rodeou de emoção.
19/02/12
15/02/12
Escrever
Escrever é tão somente a liberdade de existir
De desaproveitar o prazer de viver
Dando sentido às palavras ditas em vão
Fazendo magia libertando um pedaço do coração
Ao julgar ser-se livre
Porém aprisionado a uma paixão avassaladora
Simples desconstrução de um sentimento
Mera capacidade de sobreviver
Destruindo cada fragmento de dor
Ínfimos pedaços de melancolia
Por culpa de tão grande paixão
Amor a uma língua que nos agiganta.
De desaproveitar o prazer de viver
Dando sentido às palavras ditas em vão
Fazendo magia libertando um pedaço do coração
Ao julgar ser-se livre
Porém aprisionado a uma paixão avassaladora
Simples desconstrução de um sentimento
Mera capacidade de sobreviver
Destruindo cada fragmento de dor
Ínfimos pedaços de melancolia
Por culpa de tão grande paixão
Amor a uma língua que nos agiganta.
14/02/12
Os reis.
Nesta utópica terra
Onde todos aqueles bobos da corte são reis
São fiéis reproduções de quem se julga somente
Ser sombra insípida de alguém
Onde o seu riso esconde lágrimas
Rasgos de melancolia adormecida
Vãs aspirações de felicidade
Por se julgarem vulgares sombras de ninguém
Simplesmente por não saberem viver
Não lhes terem ensinado que o amor se troca
Por breves momentos de ternura
Sensações de doce loucura.
Pois eles são reis
Julgam a esperança carta fora do baralho
Neles só reina uma amargura
Serem uma misera sombra que perdura.
Onde todos aqueles bobos da corte são reis
São fiéis reproduções de quem se julga somente
Ser sombra insípida de alguém
Onde o seu riso esconde lágrimas
Rasgos de melancolia adormecida
Vãs aspirações de felicidade
Por se julgarem vulgares sombras de ninguém
Simplesmente por não saberem viver
Não lhes terem ensinado que o amor se troca
Por breves momentos de ternura
Sensações de doce loucura.
Pois eles são reis
Julgam a esperança carta fora do baralho
Neles só reina uma amargura
Serem uma misera sombra que perdura.
12/02/12
Há uma nova vida em cada acordar, a cada dia em que este corpo se ergue na penumbra misteriosa de um novo amanhecer. Todos os dias são diferentes, o tempo não passa num ritmo tão lento, a ansiedade não nos consome tão ferozmente. Porque todos os dias há uma mudança, por mais subtil que seja, em cada acordar agitado depois de um sonho violento ou quando o sono fluiu tranquilamente, até à alvorada necessária. Ao mesmo tempo aquilo que nos rodeia se modifica diariamente, a cada instante, a cada novo passo rumo ao futuro, ao mais profundo desconhecido, em direcção àquela hipotética felicidade, a dos sonhos pacíficos, sem turbulências nocturnas, sem gritos, nem com despertares rodeados de lágrimas e aflições perturbadoras.
Esses vampiros.
Sugaram o meu sangue até a limite
Transformando-o em algo frio e amargo,
Estes vampiros que a solidão acolhe
Que guardam cada rasgo de memória que carrego
Matem-nos com estacas de felicidade
Com duros golpes de ironia e riso
Para que deles só restem
Flamejantes, e vãs cinzas de saudade
Aquele sangue que se vai tornando doce
Fruto de uma inconsciente mudança
De um sonho tão louco
Da qual me recusava a acordar
O sonho de sofrer
De levar ao limite esta dor que tenho
Tentando permanecer triste
Tornando-me em algo demasiado estranho
Estes vampiros de solidão e penumbra
Onde tantas vezes julgava ser feliz
Não eram mais que sombra
Eram tão somente ilusões de aprendiz.
Transformando-o em algo frio e amargo,
Estes vampiros que a solidão acolhe
Que guardam cada rasgo de memória que carrego
Matem-nos com estacas de felicidade
Com duros golpes de ironia e riso
Para que deles só restem
Flamejantes, e vãs cinzas de saudade
Aquele sangue que se vai tornando doce
Fruto de uma inconsciente mudança
De um sonho tão louco
Da qual me recusava a acordar
O sonho de sofrer
De levar ao limite esta dor que tenho
Tentando permanecer triste
Tornando-me em algo demasiado estranho
Estes vampiros de solidão e penumbra
Onde tantas vezes julgava ser feliz
Não eram mais que sombra
Eram tão somente ilusões de aprendiz.
04/02/12
22/01/12
03/01/12
A nossa estatística
Tem traços de metafísica
Imprudentemente prática,
Porém difícil como a matemática.
Tal como a poesia
É feita de aritmética,
Com pedaços de melodia
Que compôem a métrica
Da doce tentaçäo,
De ocultar um segredo
Escondendo a ilusäo
Em múltiplas páginas de medo,
Que escorrem tristezas e dor,
Palácios nulos em cor
Fragmentos de uma estranha ilusäo,
De näo viver a vida em väo.
Tem traços de metafísica
Imprudentemente prática,
Porém difícil como a matemática.
Tal como a poesia
É feita de aritmética,
Com pedaços de melodia
Que compôem a métrica
Da doce tentaçäo,
De ocultar um segredo
Escondendo a ilusäo
Em múltiplas páginas de medo,
Que escorrem tristezas e dor,
Palácios nulos em cor
Fragmentos de uma estranha ilusäo,
De näo viver a vida em väo.
Subscrever:
Mensagens (Atom)