25/04/15

#4

Os anos passam depressa. Há uns anos atrás não sabia que rumo dar à minha existência, não via outras cores para além do negro dos meus olhos, que já estando abertos para a vida, tinham perdido o tom castanho de origem. O tempo passa e nós vamos vendo o tempo passar sem saber o que fazer. 
Será que hoje sei o que quero fazer? Muitas das minhas questões não foram respondidas, creio que algumas vou desconhecer eternamente a sua resposta. 

05/04/15

Un jour j'ai pensé à toi.

Um dia lembrei-me que estavas lá. Tudo era cor, tudo era emoção.
Hoje as cores são menos nítidas, a emoção permanece, mas não como dantes, como se tudo não passasse de uma construção, metáfora de algo que não vivi. 
Devo-te o fechar do livro, as cinzas que surgiram após queimá-lo, cinzas que deitei aos primeiros ventos da primavera. Foste realidade, resta agora a nuvem que desapareceu diante dos meus olhos que se perderam a contemplar as nuvens. Foste algo, hoje não és coisa nenhuma.