11/03/11

Uma semana.

Como o tempo passa, por vezes deliciosamente rápido, outras agoniantemente lento. É esta dualidade entre o positivo e negativo que me irrita, que me revolta, que me fere. Faz hoje uma semana, ainda me lembro do medo que sentia quando acordei, aquele medo incoerente de falhar que não me largava, de chegar e não conseguir falar, de falar e não alcançar o meu objectivo. Sai dolorosamente da cama, olhei para o relógio, tinha tempo. Tempo para pensar, para acalmar aquela ânsia que tinha assombrado o meu peito, para pensar nas palavras correctas a dizer. Abri a porta e pensei, “vamos a isto Diana, isto têm de correr bem”, ia pensando com uma súbita rajada de força que me sacudiu, me fez fechar a porta e caminhar para o meu destino. No caminho, a força evaporou-se, toda eu tremia, toda aquela coragem se tinha ido embora e eu só pensava “não vou conseguir, não vou ser capaz” enquanto o telemóvel não parava de receber grandes torrentes de força e de apoio, que era o que mais precisava naquela altura. Consegui chegar ao destino, entreguei os papéis necessários e fui saudada com uma calorosa mensagem “é só aguardar um bocadinho”. Juro que tive vontade de sair dali a correr, o medo congelava-me aquela coragem que muitos dizem que tenho tinha-se esfumado, para meu desespero. Sentei-me, aguardei, reconheço que odeio esperar, a espera enlouquece-me, dói-me. Ouvi o meu nome, o sorriso iluminou-me a face, estava na tão esperada hora, aquilo que durante três meses me tinha feito agonizar estava realmente a acontecer, e eu estava finalmente a passos de ter o que desejava: uma cura, uma solução. Não imediatamente, mas este era aquele passo fundamental que eu nunca tinha tido coragem para dar, até há três meses atrás. Correu tudo melhor do que eu pensava, disse o que precisava, agora falta a espera pior. A espera mais dolorosa, logo eu que odeio esperar, mas a espera necessária. Falta um papel, uma carta, uma folha com umas letras escritas e ai, vai ser a loucura, vou ter o que queria, mesmo não estando totalmente preparada, mas é o que eu quero, é o meu maior desejo.

1 comentário:

Patricia Marques disse...

Força : )! Ainda vou escrever um poema só para ti, a "miúda" que faz a minha "miúda" Joana sentir-se feliz (e triste ao mesmo tempo :S) !

Bjs e obrigado por contribuíres para o que a Joana é (todos temos uma parte de nós construída por amigos...) e por tu própria seres quem és. Força Diana força.