Um dia lembrei-me que estavas lá. Tudo era cor, tudo era emoção.
Hoje as cores são menos nítidas, a emoção permanece, mas não como dantes, como se tudo não passasse de uma construção, metáfora de algo que não vivi.
Devo-te o fechar do livro, as cinzas que surgiram após queimá-lo, cinzas que deitei aos primeiros ventos da primavera. Foste realidade, resta agora a nuvem que desapareceu diante dos meus olhos que se perderam a contemplar as nuvens. Foste algo, hoje não és coisa nenhuma.
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