Um dia, quando as palavras se esgotarem
Quando a tristeza deixar de me consumir,
E todas as letras se renderem
À vontade inglória de desistir
No instante em que, amargamente
Esta folha em branco deixar de me perseguir
Em que a melancolia intermitente
Deixará de me seduzir
Na hora em que o som näo se torne em voz
E a feroz insanidade se manifestar
Chegarei ao final atroz
De uma história que ninguém quererá contar
Pois perderei o que me dá vida
Que alimenta o sonho de viver
Será esse o sinal da partida,
O dia em que deixarei de escrever?
1 comentário:
Bem me parecia que era esta a questão, muito mais viva quando a escrever e por consequência "irrequieta" mentalmente. Lindo.
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