Um dia
A quando da minha morte
Escreverão esta melodia
Para o vento que vem do norte
Aqui jaz quem se perdeu
Que não viveu como devia
Alguém que sempre sofreu
E que quase ninguém conhecia
Aqui jaz quem viveu por acaso
Quem não sentiu a doçura da vida
Mas por outro lado
Ninguém via a dor como ela via
Aqui jaz, fria e serena
Uma pessoa que desejava a morte
Que se julgava pequena
Mas que não viveu marcada pela sorte
Aqui jaz, ainda
Quem fez da escrita um refúgio
Da sua amarga e dura crueldade
Viveu com medo
Emoções, raivas e paixões
Como se a vida a tratasse com desprezo
Aqui jaz
Jaz, e por fim já não regressa
Deixou a sua dor para trás
E partiu feliz pois cumpriu a sua promessa
Sem comentários:
Enviar um comentário