27/02/11

Tenho demasiado receio de viver
Pois carrego pesada a amargura
Anseio dolorosamente por desaparecer
No calor de uma noite escura

Conto cada hora, cada pequeno segundo
Olho para o negro céu que me ignora
Não querendo que abandone este mundo
Mas não fazendo passar aquela sofrida hora

A única coisa que tenho certeza
Que me vai acendendo a chama da razão
Simplesmente que não me falte a destreza
Nem me falte a força no coração

Observo os passivos ponteiros do relógio
Movendo-se lentamente aumentando a minha solidão
Fazendo aumentar este sentimento inglório
Que é o espelho desta minha desilusão

Tempo amargo que não passa
Sofrimento este que não me larga
Revelas cada minuto desta desgraça
Prolongado esta vida que me agarra.

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