Eu não leio livros. Eu vivo-os. Não os devoro. Sinto-os como cada pulsação do meu corpo. E por instantes sinto-me noutra realidade, sendo actriz numa história que não me pertence mas onde me inseri sorrateiramente.
Se eu não lesse, talvez não escreveria. Se não falasse, quiçá não sentiria todas estas histórias dentro da minha história.
"A principal dúvida de toda a minha existência será entre deixar tudo na minha mente ou passá-lo para o papel" - DH
23/02/14
04/02/14
Hiato
A página em branco continua a ser o meu pior drama. Esse e o
da falta de capacidade para escrever. Em tempos que já passaram, olhava estes
momentos como uma nova forma de puder vir a escrever. De continuar a expressar
em palavras aquilo que não vão passando de simples momentos fantasiados pelo
meu intelecto. Mas desta vez observo o chão balançar debaixo dos meus pés, o
que julgava porto seguro, hoje é um castelo de cartas numa mesa de maus
acabamentos, que se vai sustentando, mas balança a cada movimento imprudente. Como
um dependente preciso da minha pequena dose de escrita, que nestas ultimas semanas
se limitou a escrita elementar para aqueles que estão tão próximos e tão longe.
Procuro mais e preciso de mais. Qual será o dia em que este monstro que há
dentro de mim vai acordar desta hibernação do hiato?
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