16/10/12

Saudade

Porque nunca chorámos as lágrimas da vida
Ficando à mercê de múltiplos relógios,
Somos os frutos da agitação dos nossos dias
O filho pródigo do brilho de tantos olhos.

Neste compasso que nos guia
Por entre tantas vielas suplicantes
Ouvi-te tantas vezes falar desses traços do destino
Mas tu, não vives ao sabor dos instantes

Guias-te por entre a penumbra de uma cidade
No caminho cruel das almas errantes
Pelas sombras que cobrem a tua vontade.

Jamais saberás o que é morrer,
Ficarás pelo declínio da realidade
Nunca aprendeste a sofrer,
Nem saberás o que é realmente saudade.

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