02/04/11

Desfolho as páginas da história que escrevi, daquele livro que guardo na gaveta e que praticamente ninguém lerá, só quem for digno de conhecer a minha história, por possuir aquele mérito que só os mais verdadeiros e leais possuem. Cada folha conta uma história carregada com os sentimentos que lhe quis dar, porque é a minha escrita, as minhas por vezes duras palavras. Escondo esta história do mundo, não por medo mas por vergonha. Vergonha da escrita, da articulação e da pessoa que incessantemente escreve aquelas palavras durante esta frenética jornada que é a vida, que se terminasse agora, terminaria incompleta, mas verdadeiramente triunfante. Deixaria a minha marca naquele que me entraram na vida, e que sem dúvida teriam a sua página nesta narrativa, que tento escrever diariamente. Permanece imóvel no papel, soltam-se fragmentos que um cérebro astuto junta e concentra para tentar manter o sentido. São meras palavras, sem qualquer tipo de brilho ou coerência, mas que são minhas e apesar de as esconder, de não gostar delas são o meu mais real reflexo. Sou eu, é a minha história. Que ficaria mal contada se não fossem estas palavras a conta-la.

1 comentário:

Patricia Marques disse...

Diana, espéctacular. Eu também escrevo a minha história quase todas as semanas ;) ... É engrassado ler o que escrevi mais atrás XD. Já te aconteceu estares a escrever á noite com muito sono e depois acabas por escrever cenas que não fazem sentido nenhum XD ??