14/02/15

Cap. IV

Um dia perceberás que o mundo perdeu a constância. E a consistência. Que tudo o que era azul se tornou negro como a cor dos teus olhos. Os melodramas vão parecer-te quebra-cabeças para crianças, pois com esse raciocínio voraz vais perceber que cresceste. Que o sal das tuas lágrimas se tornaram acres e a tua voz ácida, como aquele veneno que te toca nos lábios a cada beijo.
Já não és constante, muito menos consistente, perdeu-de a arrogância, veio a distância que te tortura. E o nome que sopras ao ouvido de quem já foi teu. Do que a infância te tirou. Acordaste do sonho, compreendeste a vida. Como a droga que te corre nas veias depreendes que a vida é uma viagem. E tu perdeste-te pelo caminho. Encontra-te. Torna-te coerente, constante e consistente e a tua vida vai ganhar a paz da felicidade. 
A dor? Essa está marcada na tua carne como uma tatuagem, não a perdes e ela não vai desaparecer. Vai crescer. Como tu.