15/11/14

Adeus.

A noite corria alta. O meu coração estava certo que seria a última vez que nos iríamos ver. O teu sorriso, ainda me dói ao lembrar, era a coisa mais bonita que alguma vez tinha visto. 
Mas era sujo, de uma impureza tão grande quanto tu. Terias medo de amar? Ou eu era bem menos do que julgavas? Sim, eu avisei que era diferente. Talvez tenha colocado a nossa história em xeque justamente por te ter revelado semelhante pormenor. 
Logo, foste embora, sem olhar para trás uma derradeira vez, deixando-me com o gosto amargo do nosso último beijo. Ao mesmo tempo que te olhava com a vaga esperança de um recuo, enquanto acontecia o inevitável, uma pedra engolia metade do meu coração. 
Sabes, esta pedra continuará neste meu peito dormente e dorido. Enquanto espero que encontres a tua felicidade, independentemente de não ser ao meu lado. 
Fiquei com a apatia, contudo não te preocupes, ela é minha companheira, é ela que me fez olhar para as palavras que encontrei escritas num papel perdido e sorrir:
  
J'aimerais lui dire que je l'aime. Je voudrais qu'il sache qu'un simple mot de sa part me guerrisait les blessures. Mais ce n'est pas possible. J'ai un défaut capital. L'orgueil. Un des sentiments le plus dangereux chez l'être humain. Avec lui on gagne tout, et on perd autant que ce qu'on a gagné. Et fièrement je t'ai laissé partir. Parce que je sais que j'ai sauvé mon cœur de la suprême douleur de l'amour.

Hoje viro a página desta história que tanto me ensinou, de onde a menina que te conheceu um dia, tornou-se a mulher que te será desconhecida. 

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