30/04/12

‎"Grita hoje, amanhã e outro dia. Somente grita. Isso e mostra-me quem realmente és" - DH

29/04/12

Génio da porta ao lado

Rodeei-me de cinismo e falsidade
Espelho baço de medos
Assassinos deste sentimento de verdade


Realidade conjugada no imperfeito
Pretérito da inocência,
Conjugação de puro desalento
Estilhaço da bala da amizade

Crise de existência por ciclos
Intolerável por qualquer intelecto
Chama com défice de afecto
Doença incurável de querer


Louco sonho de viver
Génio da porta ao lado
Sombra trespassada por prazer
Lâmina afiada que não me faz sofrer.

25/04/12

Abril.

"Obrigada Abril, pela Liberdade que trouxeste, nunca tão desejada. Por me teres trazido esta sede insaciável de luta." - DH

Quatro.

O tempo passou em velocidade ultra rápida, e completam-se quatro anos, do renascimento. Daquela morte temporária mas urgente, do abrir de olhos mais desejado. Nestes quatro anos muita coisa mudou, construi uma nova realidade, aprendi a olhar-me e a olhar este mundo. Construi-me, destrui muito daquilo que considerava bom, por medo. Agradeço-me por ter acordado, por ter deixado a pior parte de mim naquela cama de hospital. Por ter conseguido superar tudo, por estar aqui, sendo mais forte que nunca.

24/04/12

"Só é lutador quem sabe lutar consigo mesmo." - Carlos Drummond de Andrade

17/04/12

Momento publicitário

"You can see a genius in a wall, but he is always in your heart" - DH

http://mechanicalcontusion.tumbrl.com/


[Este momento de publicidade é (com)participado, pela minha real cavalgadura XD]

15/04/12

Morte a sete tempos

Morte ao tempo
A um relógio que nos guia,
Controlado por um palpitar desconhecido
Sem rumo

Pulsar dormente,
Sedento de controlar estes passos
Gerir a minha realidade.
Perdeste há muito esse poder.

Morre, tu, ser obstinado
Que tanto nos tentas dominar
Iludido, julgas-te vencedor
Xeque-mate à força obtido

Possuí quem te ambicione conquistar
Pela minha vontade, morre
Desaparece num manto de neblina
Da qual não te atrevas a regressar

Leva contigo todas as marcas
Pois és incapaz de as sarar
Vais simplesmente destruindo
O furioso motor de viver

Pesadelo Racional

Bebo um cálice deste vinho de um século passado
Cujo pó me atordoa
Trazendo memórias que julgava desaparecidas
Realidade vã que me magoa

Percebo que um problema não é o que julgo
É o novo conjugado pelo desconhecido
Suspense demasiadas vezes adormecido
Demasiado pesado para não ser sentido

Pesadelo racional,
Luta dormente de vontade
Passado tão recente
História que poderia ser verdade.

13/04/12

Filosofia barata II

"O tamanho duma pessoa não é visível pela estatura, vê-se na essência de ser" - DH

08/04/12

É errado sentir-me humana

É errado sentir-me humana
Sentir a apoteose a pulsar-me nas veias
Vazias de espírito
Tão escassas de existência

Errado é sentir-me grande
Neste diminuto pedaço de carne
Insensível e incoerente
Sedento de pura inocência

Descrente desta força que o sustenta
Escuridão que sempre o iluminou
Pedaço de vã carne dormente
Cinzas com esperança de renascer.

04/04/12

Ninguém cala esse vazio
Chama que consome um corpo
Inanimado,
Preso às garras da amargura
Ao pesado fardo do silêncio

Nada o compreende
A dimensão do tempo não o invade
O pulsar vibrante dos ponteiros
Daquele relógio
Que ninguém conseguirá parar

Simplesmente o desaparecer da angústia
Latente esperança ilusória.
Felicidade? Somente nada reduzido a tão pouco
Negro desfeito em cinzas

Cinzas dormentes de fantasia,
Reflexo de mágoa
Sombra repleta de magia.
Pedaço de tudo elevado ao divino.