12/02/12

Esses vampiros.

Sugaram o meu sangue até a limite
Transformando-o em algo frio e amargo,
Estes vampiros que a solidão acolhe
Que guardam cada rasgo de memória que carrego

Matem-nos com estacas de felicidade
Com duros golpes de ironia e riso
Para que deles só restem
Flamejantes, e vãs cinzas de saudade

Aquele sangue que se vai tornando doce
Fruto de uma inconsciente mudança
De um sonho tão louco
Da qual me recusava a acordar

O sonho de sofrer
De levar ao limite esta dor que tenho
Tentando permanecer triste
Tornando-me em algo demasiado estranho

Estes vampiros de solidão e penumbra
Onde tantas vezes julgava ser feliz
Não eram mais que sombra
Eram tão somente ilusões de aprendiz.

1 comentário:

Patricia Marques disse...

Um dos favoritos de Fevereiro! Deves saber bem como qualquer uma que escreve (quase todas) se consegue identificar...