29/12/11

Queda

Contorno as esquinas desta rua
Onde tantas vezes deambulo sem nela reparar
Vou vivendo presa à sombra de uma lua
Que a cada passo me leva a definhar

Cada passo que vai sendo dado
Coberto de medos e sombras do passado
Fecha-me os olhos ao futuro
Leva-me pela mäo ao destino errado

Enquanto vou novamente ao fundo daquele poço
Junto com a solidäo de ser humano
Ao mesmo tempo que tanta luta e esforço
Se perde no vazio desta maré de enganos.

Porque a queda soa sempre maior
Ao ritmo em que aumentam os erros crassos
Condutores daquela dor
Espelho de derrotas e fracassos.

Sem comentários: