22/03/11

True story (or not)

Aquela dor que ela sentia
Cravada pelo punhal da desilusão
Desconhecia como travar o que a perseguia
Simplesmente queria fazer parar o coração

Por mais ideias que tivesse
Não encontrava força para sobreviver
Queria que aquela dor a esquecesse
Só queria realmente morrer

Num acto de pura loucura
Como tantos que já tinha tido
Procura incessante algo que destrua
Toda aquela dor que a tinha destruído

Luzia tranquilamente
Com o brilho metálico da morte
E sem dó nem piedade
Crava aquela faca que encontrou, por sorte

As gotas de sangue escorriam-lhe pela mão
Sentia tudo de uma maneira tão forte
Tinha chegado a hora da rendição
Pois sabia que já não escapava da morte

Via a vida escapar-lhe pelos dedos
Enquanto a sua história
Carregada de gritos, choros e medos
Lhe passava a alta velocidade pela memória

Até que tombou
Com um triunfal sorriso na face
Aquela hora que tanto esperou
Tinha chegado pois a morte escutou a sua prece

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