13/02/11

De que vale?

De que me vale ser poeta
Se não consigo ser eu fora das palavras
Revelo muita coisa ao escrever numa língua indiscreta
Que revela aquelas histórias mal contadas

De que me vale sentir em demasia
Se não demonstro beleza em cada gesto
Nem com os mais doces vocábulos da poesia
Aqueles que tento guardar por perto

Não me vale de nada pensar demasiado
Ao tentar tornar-me numa sombra escura
Tentando viver a vida e esquecer o passado
Que me leva a não me sentir segura

De que me vale ser eu
Se não sou metade do que poderia ser
Tenho a dor de um passado que me escondeu
Vivo em busca duma força para renascer

Pelo menos vale me a pena crescer
Conhecer o mundo novo da poesia
Tentando nunca me perder
Nas pesadas melancolias de uma teoria.

1 comentário:

aflf disse...

Vale sempre a pena! SEMPRE! Mesmo que a resta seja um não, ou que não corra com tinhamos pretendido, vale sempre a pena. Porque pelo menos sabemos que tentamos e isso é quase como uma vitória, do que não termos a coragem para o fazer! Vale sempre a pena tentar, mas vale tentar e não conseguir que não tentar e ficar sempre, SEMPRE na duvida! Força!