31/01/11

Desabafo

Ouvi uma voz, que gritava ferozmente pelo meu nome e me dizia: “Acorda, deixa de ser criança e perde o medo que tens de viver”. Ainda sinto a vibração dolorosa daquela ríspida e ofegante voz que gritava por mim, aquela que dolorosamente dizia tudo aquilo que não se cansam de me repetir mas que por mais que tente não consigo assimilar. Foi algo que não esperava, foi uma chapada da realidade que ninguém ainda não teve o pulso forte de me dar, mesmo sabendo eu que as palavras podem causar feridas mais profundas do que um insignificante estalo, que por mais inútil que seja serviria para me acordar. Esta voz causou-me uma inexplicável dor, anexada às que já estão latentes, trazem-me certas vontades que nem vou referir por ser tudo obra de ficção, obra deste meu cérebro, aquele que mais do que nunca reclama calma e um pouco de racionalidade. Mas a culpa não é minha, o tempo não passa, com o simples prazer de me fazer sofrer e chorar. Nunca tive urgência, gostei de sentir o tempo a passar calmamente em mim, mas já não suporto isso, agora mais do que nunca tenho urgência. Urgência em dissipar os fantasmas, em deixar de sentir o meu peso nos ombros, só quero que o tempo passe para isto, agora que a solução está tão próxima o tempo decide estagnar. Queria deixar de ouvir esta voz, a que desesperadamente grita por mim para me fazer levantar a cabeça, mas que as forças começam a faltar.
Quando passar a ser coerente
Deixarei de ser eu
Verei uma nova luz no horizonte
Provarei a todos que este ser renasceu

Aprenderei a ser finalmente feliz
Dando valor ao que eu considerava inútil
Serei uma nova mulher, como por aqui se diz
Lutando para tornar cada dia menos fútil

Será que a batalha valerá a pena?
Que todo este sacrifício terá recompensa?
Para mim valerá superar a dor que me condena
Tornando-me maior do que esta dor imensa.

O que hoje é uma meta a atingir
Será aquilo que me traz mais esperança
Fazendo-me por vezes pensar em desistir
Mas que apesar de tudo me aumenta a confiança

Quando voltar a nascer
Não serei mais do que a sombra do que fui
Provarei que mais vale aprender a viver
Do que sentir o peso desta dor que me atraiu

Já não vale a pena tentar chorar
As lágrimas não exprimem o sentimento
Embora as sinta retidas, já não consigo negar
Que tamanha dor se prolongou por demasiado tempo

Apesar de ter tanta coisa aqui dentro
Algumas que tantas vezes me tiraram o rumo
Terão sempre presença nas memórias que concentro
Aquelas que preferia fazer desaparecer como fumo

Quando deixar de ser um ser sem sentido
Tendo a capacidade de superar todas mas mágoas
Saberei que todo o tempo não foi perdido
Nem me restarão tristezas aprisionadas.

30/01/11

Aprende a deixar a máscara cair
Não tenhas medo de os sentimentos demonstrar
Saberás assim tudo o que estás a sentir
E valerá a pena deixar-te chorar

Não te prendas numa negra redoma
Aquela que te impede de ver o mundo
E apesar de a vida por vezes ser uma afronta
Não te escondas no teu lado mais profundo

Revolta-te com o que está errado
Corrige tudo o que tiver correcção
Aprende a ver a vida num outro lado
O que a faz ter alguma razão

Vive cada dia como se fosse o último
Frase gasta mas com tanto sentido
Não esperes sentir-te á beira do abismo
Para perceberes que não passas de um perdido

Deixa a máscara finalmente cair
Mostra aquilo que a dor escondeu
Percebe que há mais do que existir
Não te transformes em algo como eu.

História da minha vida

Não são precisas demasiadas palavras
Para descrever algo que para mim não tem valor
Podia ser aquela vida que alguém imaginava
Ao menos assim poderia sentir o seu sabor

Deram-me o nome de uma princesa
Mas adicionaram uma péssima personalidade
Criaram-me sem qualquer toque de beleza
Tornaram-me num ser rodeado de particularidades
Que sem a mais brilhante surpresa
Criei um complexo incurável de inferioridade

Só fui feliz na infância
Quando tudo era fácil de experimentar
Não sabia dar valor à tolerância
A que ao fim de tanto tempo comecei a respeitar

Tornei-me no espelho puro da revolta
No que a dor ajudou a transformar
Aprendi a sentir a vida como uma página solta
Mesmo quando as lágrimas não se faziam mostrar
Sendo esta aquela dura fase que tanto custa
Tenho de saber onde a adolescência me quer levar

Serei feliz quando um novo dia nascer?
Quando um novo horizonte me agarrar
Será dessa maneira que irei aprender a viver?
Resta-me dolorosamente esperar.

É esta a minha história.

16/01/11

Ídolo

Poderia ter um ídolo futebolístico, uma personagem histórica, um escritor\a daqueles que me marcam quando leio as suas palavras insubstituíveis, um qualquer cantor como o meu Manson (meu e de meio mundo) mas não, o meu ídolo é uma pessoa comum cujo sangue me corre alegremente nas veias e que marca a minha vida de uma maneira que só a pessoa mais importante da minha vida me poderia marcar. É a minha irmã, de seu nome Raquel Hilário, como se ainda restassem algumas dúvidas desse facto. Sem a mais pequena duvida que esta mulher, daquelas em que o termo é mais que adequado, é a mais importante da minha vida. Desde que nasci, e que ficavas comigo quando as coisas aqui por casa não estavam pelo melhor, que me fazia rir, que suavemente me acordava todas as manhãs com a mesma doçura que acordavas os teus meninos, aliás os nossos meninos, e que com a sua interminável força me enchia dela não me deixando ir abaixo nos piores momentos. Fazes-me falta, estes 1700 km de distância que nos separam são muitas vezes insuportáveis de tolerar tenho vontade de pegar num carro e ir para ai nem que seja para uns minutos de conversa, um abraço e um sorriso, já me bastava. Ontem ao despedireste de mim no MSN (a nossa arma de comunicação a par do telemóvel), que só li hoje quando lá voltei disseste isto “amo-te muito e sinto a tua falta”, pois bem como podes calcular deste remoto ponto do nosso país onde fomos muito felizes e também muito tristes sabes que as saudades nem se conseguem definir com insignificantes palavras, faz-me falta todos os dias, mais nos que estou triste e perco as forças de lutar e em que conto os dias para a tua visita ou a minha ida a essa grande cidade, que aprendi a adorar, Paris, e onde me sinto inexplicavelmente bem. Enfim é isto, para quem pensa que os ídolos não existem, esta pessoa é o meu ídolo, sem a menor dúvida a pessoa que melhor me entende e que melhor me compreende e que independentemente do que aconteça nunca se esquece de mim. Por mais coisas que aconteçam não a retiram da minha memória e do meu sangue que partilhamos fielmente. Amo-te indescritivelmente e farás sempre parte do que eu sou e do que serei num futuro próximo (ou talvez não seja). ♥

15/01/11

Preciso da minha calma
Para sentir-me em puro transe
Que dará um novo alento á minha alma
Não me fazendo cair na tortura do suspense

Fazem-me falta dois momentos de reflexão
Á luz de duas incandescentes velas
Talvez me tragam a doce ambição
De olhar o mundo duma maneira mais bela

Tenho saudades de dominar o meu tempo
De poder desperdiçar cada segundo
Mesmo sabendo que a vida é um vago momento
Queria poder ter mais tempo para mudar o meu mundo

E hoje ao para parar para uns momentos sem som
Acompanhados da minha eterna companheira, a solidão
Voltei a dar aquilo a que chamam vida um claro tom
Deixando de lado todos os motivos de confusão

Senti-me novamente em sintonia
Não me reduzindo o sentimento
Desta suave e tranquila melodia
Que tantas vezes se calou, para meu tormento

Parei por uns segundos
Que ajudaram o sentido a regressar
Esquecendo-me dos medos mais profundos
Dando-me energia para a cabeça levantar.

11/01/11

Morri hoje
Mas vou renascer amanhã
Vejo a vida num plano que está longe
Mas que relembra aquela vivencia vã

Quando renascer
Poderei parecer confusa
Já saberei como não me perder
Nem me renderei aquela aparência difusa

Renascerei sendo forte
Deixando a fraqueza noutro lugar
Não me deixarei ser vítima da sorte
Porque aprendi a conhecer o azar

O amanhã é meu
Ninguém o conseguirá mudar
Esta parte já muito sofreu
E esta dor custou tanto a afastar

Aeroporto

Gosto tanto de lá estar
Aquela confusão traz-me calma
Dá-me uma enorme vontade de sonhar
E aquecer a minha complexa alma

Quando sinto a ansiedade correr em mim
Enquanto espero pela hora que tarda
Tenho o peito num frenesim
Por saber que alguém noutro ponto me aguarda

Quando me sento naquelas cadeiras de avião
O meu ser ganha uma nova energia
Dou tudo para sentir tão boa sensação
Aquela sensação de pura magia

Sentir a velocidade a aumentar
Enquanto a descolagem se prepara
Faz-me tantas vezes pensar
Que mundo é este que me encara

Quando sinto as rodas tocarem na terra
A felicidade em mim aumenta
Por todo aquele tempo de espera
Se perdeu ao chegar à desejada meta.
Quando eu parar de me levar ao colo
Já sentirei a mudança a crescer
Poderei sentir-me firme neste solo
Aquele que a custo me fez renascer

Sentir-me-ei capaz de erguer a cabeça
De lutar pelo que ainda não lutei
Espero que a amarga dor me esqueça
Por sentir que tantas voltas lhe dei

Vou fazer o que ainda não foi feito
Esperar pelo vento que me faz bem
Senti-lo como se fosse algo perfeito
E lutar por algo que nem sempre vem

Quero aprender a ser eu
A pisar o limite da vida
Aquilo que sempre foi meu
Até ao momento da partida.

Vontade

Quando um dia perder a minha vontade
A hora de me afastar com certeza chegou
Porque a vontade será sempre a minha verdade
Não me importando a quem ela afectou

Cansei-me de ir contra o que sinto
Para agradar aqueles que quero bem
Não dizer que lhes minto
Porque me fazem sentir melhor que ninguém

Por isso decidi impor o que queria
Mesmo que isso entristeça muita gente
Prefiro agir desta maneira tão fria
Do que sentir-me tão mal de repente

A última vontade será sempre minha
Não dependerá de algo novo que chegou
E se não respeitares a vontade que eu tinha
Vais sentir aquela mágoa que por aqui ficou.

09/01/11

Um Novo Rumo

Aprendi que a vida não tem rumo
E se agora decidir virar o mundo ao contrário
Será um risco que eu sem esforço assumo
Vou transformar esta dor no pior adversário

Já chega de choros e revoltas sem sentido
De magoar as pessoas sem razão
Vou provar que o prometido é devido
Passando a agir mais com a emoção

Agora chegou a minha vez
De dar aquele grito que há muito faltava
Não serei mais vítima de estupidez
Ao mostrar aquilo que a escuridão ocultava

Tive de fazer isto pelo bem da minha sobrevivência
A que já a muito não me tinha nenhum valor
Pode ser um claro sinal da inteligência
A esta dor que me fazia guardar tanto rancor

E pronto, esse dia chegou, o dia da mudança
Aquilo que para muitos é uma pura surpresa
É o mais forte sinal que não se esgota a esperança
Sendo aquilo que ainda me faz ter mais certeza.

Daquilo em que me irei transformar
Que será melhor daquilo que sou agora
Sei que a partir de hoje tudo vai mudar
Há muito que ansiava a chegada desta hora.

06/01/11

Passo decisivo

Tomei a decisão mais correcta
Pedi aquilo que há muito me faltava
Não poderia estar tão certa
De por um fim a esta dor que me mutilava

A ajuda que pedi
Não podia vir em melhor hora
Já não suportava saber que me perdi
Mas alegra-me sentir-me bem agora

A tristeza já me causava incómodo
Impedia-me de ser o que sou
Agora vai ser tudo do meu modo
Agora é que vejo quem sempre me apoiou

Sinto-me bem
Só pela decisão que tomei
Só espero com alegria cada dia que vem
Para aprender como durante tanto tempo errei

Obrigado a quem me está a apoiar
Agradeço também a quem me virar as costas
Descansem que já não me verão chorar
E os que ficam comigo serão amigos para todas as horas.

01/01/11

Desejos de 2011

- Fazer a tão desejada tatuagem (já falta pouco para isso)
- Melhorar as notas
- Ir a Paris novamente
- Não ficar doente muitas vezes
- Ver o Sporting campeão (de futsal já que de futebol não é possível)
- Não ter medo do amanhã
- Melhorar este meu mau-feitio
- Procurar ajuda
- Ter todas aquelas coisas que se pedem no inicio de um novo ano
- Viver sem medos
- Ser rebelde, moderadamente




Se realizar metade destas coisas já fico extremamente contente.
Um super ano para todos. =D
Já não escrevo poemas
Agora são só teias de sensações
Cheias de letras e dilemas
Que escondem as minhas ilusões


Perderam a emoção
E reflectem a inocência perdida
Desta aparente decepção
Que é a minha dolorosa vida


Limito-me a juntar letras
Deixando de lado o sentimento
Que foge de mim como as estrelas
Fazendo-me perder todo o alento


Já não escrevo poemas
São meras frases interligadas
Cuja dor é o temas
Das alegrias á muito apagadas


Será que continua a valer a pena?
Escrever para a dor acalmar
Ou será melhor chorar por ser tão pequena
E deixar-me agonizar


As melhores coisas perdem o sentido
Quando perto de mim chegam
Será que por isso sou um ser tão dividido
Pelas dores que em mim se acumulam


Que sentido vou dar á minha existência
Alguém me diz o rumo certo a seguir
Há muito que perdi a persistência
Para existir sem deixar-me desistir.

Além-mar

Além-mar sonhava eu estar
Naquele onde tantos triunfaram
Onde tantos acabaram por ficar
Rendidos á morte que os levaram


Sonhava eu navegar nesse mar
Descobrir mais do que descobrimos
Navegar até perder a luz do luar
E encontrar os tesouros com que todos sonhamos


Ó mar belo e esplendoroso
Quantas vidas a tantos queres tirar
Por seres assim tão impiedoso
E quereres ao teu lugar original voltar


Que os grandes descansem em glória
Porque com coragem esse mar desbravaram
Deixaram o seu legado na nossa História
E esperança naqueles que por cá ficaram


Além-mar onde eu estaria
À conquista de um mundo novo
E pouco importa a marca que deixaria
Desde que fosse na história do meu povo.
Gostava de ser grande
De sentir o chão por debaixo dos meus pés
Viver uma vida de verdade
Sem sentir a mentira chegar desta vez


Gostava de sentir o que é glória
Fazê-la durar por algum tempo
Queria escrever uma página da história
Aquela história sobre o sentimento


Queria ter a mania de ser superior
Não sentir a dor levar-me para o fundo
Sentir-me-ia maior
Maior que qualquer dor do mundo


Viveria de uma maneira diferente
Talvez ai soubesse o que é a felicidade
Não me sentiria tão impotente
E muito menos sentiria saudade


Não serei assim
Nenhum dia da minha vida
Sentirei dor até ao fim
Desta vida que para mim está mais do que vivida.

Fingimento nato

Um poeta não é mais do que um fingidor nato
Porque a dor que sentia deixou de lhe pertencer
Passa a ser do pedaço de papel onde está escrito
E em si começa lentamente a desaparecer
No papel ganha a força de um duro momento
Aquele que eu queria tanto esquecer


Para seres grande tens de aprender a fingir
Aquilo que tanto te tinha feito chorar
Essa dor que queres deixar de sentir
Que nem te ensina como a acalmar
Porque quando sentes o teu mundo a ruir
Nem sabes a maneira correcta de pensar


Por isso passas a tua dor para o papel
Na esperança de aliviar a tua alma
Descreves o quanto essa dor é de fel
Com o intuito de sentires calma
E que essa dor de fel se torne em mel
Para sentires a calda dessa alma que se acalma


Com a escrita tentas encontrar a tua paz
Buscando a maneira mais correcta de fingir
A que atirará o teu passado lá para trás
Finges como sentir e até como agir
Simplesmente para te sentires capaz
De a semelhante dor reagir

Poderia ser isto, mas não sou

Poderia ser uma pessoa feliz
Daquelas que nasceram para nos alegrar
Mas sou estranha como tanta gente diz
Nasci para a tristeza carregar


Poderia não ter sonhos
Nem histórias tristes para contar
Mas não é isso que dizem os meus olhos
Os que querem as memórias apagar


Seria feliz e saberia como o demonstrar
Se calhar nem recorreria á escrita
Aquela que tantas vezes me ajudou a acalmar
E seria feliz por conhecer essa vida


Não sou feliz
Só fui feliz na inocente infância
Onde era uma mera aprendiz
Da arte da tolerância


O tempo transformou-me
Graças a tudo o que a vida me ensinou
E nas mais negras horas segredou-me
Tudo aquilo que me alterou


Poderia saber o que é a felicidade
Aquela que sempre de mim fugiu
Não viveria com o coração impregnado de saudade
E não sentiria o mal que atingiu.

Livro em Branco

A minha vida poderia ser um livro em branco
Daqueles em que ninguém tem coragem de escrever
Seria se um não vivesse em constante pranto
Por ter tanta dor a querer fazer-me desaparecer


Se alguém nesse livro pegasse
E tentasse redigir o que sinto
Saberia que por mais que tentasse
Veria que com o sentimento não lhe minto


O livro que carrego em mim
Há muito que deixou de ser puro
Porque aquela inocência que perdi
Me levou a um local estranhamente escuro


Carreguei-o dos mais negros sentimentos
E das tristezas duma existência sem sentido
Em que a alegria surge em esporádicos momentos
Que tentam apagar as memórias do que foi vivido


Preferia um livro em branco do que o meu livro negro
Ao menos saberia por onde começar
Aquela mudança de que se foge com tanto medo
Por não saber prever a sua maneira de terminar

Se eu fosse…

Se eu fosse algo ou alguém seria tudo o que não sou até agora porque não sou metade do que gostaria de ser nem um quarto do que poderia ser, mas sonhar é algo comum a todos os seres, e é desses sonhos que quero falar.
Se eu fosse uma cidade seria Paris, umas das cidades mais belas que conheço a seguir a Lisboa E seria o que em Paris? Seria o frio agressivo do Inverno que gela até o mais quente dos corpos, seria o calor infernal do Verão que muitas vezes não deixa respirar, seria a luz que a cidade emana e que eu gostaria de ter mas que por medo ou estupidez fujo dela. Se fosse um animal seria um gato, daqueles que não dão confiança a ninguém, que precisam de festinhas e mimos, que arranham e mordem à mínima coisa e que com um simples e encantador olhar conseguem qualquer coisa dos humanos e afectuosos seres. E ainda se eu fosse um instrumento seria uma guitarra, mas uma daquelas verdadeiramente boas, não as que se compram por meia dúzia de euros, porque estas têm magia (não que as outras não tenham, mas estas são especiais), aquela magia que todo o ser busca quando se perde nesta imensa confusão que é a vida.
Para concluir, queria dizer que se fosse alguma coisa seria simplesmente eu, sem medos nem tristezas e com mais sonhos daqueles que já carrego e que por mais força que façam e por mais cabeçadas que dê, nunca desistirei deles e lutarei ou melhor tentarei lutar para fazer deles a minha realidade.