29/01/10

Ódio, o sentimento que melhor conheço

Desde pequena que conheço este sentimento dentro do meu ser. Inicialmente era a coisas que considero fúteis, que deixei de lhes dar importância, eram demasiado banais. Quando cresci comecei a odiar no verdadeiro sentido da palavra. Odiei, e continuo a odiar. Odeio pessoas, palavras, pensamentos e acções. Algo que dantes não me acontecia porque não pensava nisso. O ódio entrou verdadeiramente dentro de mim quando se fez acompanhar pela revolta. Comecei a odiar as pessoas e as coisas que hoje em dia, por mais que tente, não deixo de odiar. Porque a ferida que deixaram é maior que a minha vontade de a sarar. Para mim o ódio não se define, simplesmente sente-se. Mas o sentir tem de ser verdadeiro, não dizer que se odeia sem saber o porque, há que o saber. Gostava de conseguir sarar estas feridas dentro de mim, gostava de parar de odiar, gostava de deixar de sentir revolta. Gostava de mudar, mas não consigo. Seria sem dúvida mais feliz.

25/01/10

A amizade o mais saudável (ou não) dos sentimentos

Descobri a amizade na infância, com aquelas amiguinhas da escola que no intervalo brincavam à apanhada e que jogavam à bola comigo. Num belo dia pus-me a pensar, porque já penso desde uma idade precoce (cerca dos 4 anos), e cheguei a conclusão que um sentimento estranho invadia o meu pequeno coração mas que eu não sabia o que era. Anos mais tarde conclui que esse sentimento que me estava a invadir se chamava amizade, mas a amizade vista pelos olhos de uma criança não é a mesma que a vista pelos olhos de um adolescente. Para uma criança é o ter amigos que brinquem com ela, que falem com ela sobre as coisas. Para um adolescente podem ser muitas coisas, pode ser aquele jogo de sentimentos típicos da amizade: a compaixão, o carinho, a confiança etc. Ou pode ser um sentimento que não se consegue definir. A amizade tem duas faces, como tudo nesta vida, pode ser construtiva e destrutiva, boa e má. Da parte construtiva\boa salienta-se a pluralidade de sentimentos, alguns enumerados anteriormente, entre outros que devido à seu grande numero não irei enumerar. Na parte destrutiva\má a amizade pode levar a actos completamente inexplicáveis para uma qualquer pessoa. Na minha opinião a amizade tem os seus dois lados mas o que importa é que saibamos aproveitar este sentimento que nos invade e que nos deixa tão felizes.

A minha família virtual

Tenho uma família virtual
Mais divertida que a real

Não existe pai nem mãe
Mas não lhe falta ninguém

Todos prontos a ajudar
Para não verem ninguém chorar

De dia temos de resistir
Para todas a noites nos podermos rir

Dá alegria chegar
E todos terem um sorriso para nos dar

E quando a lágrima quiser cair
Existe sempre alguém para nos fazer sorrir


Obrigado 7 magníficos por tudo o que têm feito
Sem vocês a minha vida não teria qualquer jeito!


(Afinal até me safo bem nisto! Até nem é tão difícil como pensava. Mas continuo a preferir a prosa!)

A amizade

A amizade é algo que não sabemos definir
Mas sabemos que sem ela não podemos existir

Ela pode-nos magoar
Mas maior parte das vezes só nos sabe ajudar

Ter um amigo todos o podem ter
Mas ser um amigo nem todos o sabem ser.




A amizade tem os seus dois lados mas o que importa é que saibamos aproveitar este sentimento que nos invade e que nos deixa tão felizes. :D

Serei especial?

Sinto-me uma pessoa normal, mas no meu interior acho-me especial. Especial porque me sinto ligeiramente mais sensível do que os que me rodeiam. Não sei explicar o porquê mas sei que com qualquer coisa por mais pequena que ela seja que me magoa bastante, não sei explicar as razoes mas um simples olhar, uma palavra dita num tom mais forte, me pode magoar-me imenso. Mas também sou o inverso, na minha opinião, acho que consigo encontrar sentimento nas palavras e nos actos das pessoas. Por vezes prefiro que uma pessoa me retribua sorrindo do que propriamente falando, porque para mim um sorriso vale por mil palavras ditas em vão. Consigo ainda achar um belo sentimento que não consigo definir quando oiço ou leio por mais pequena e simples que essa expressão ou palavra seja. Na verdade acho-me normal, mas ligeiramente diferente dos outros. Dizem-me alguns amigos que, sou especial dentro da minha normalidade. Normalmente não aprovo essas teorias, mas isso é culpa do baixo nível de auto-estima. Quero agradecer, ando numa de agradecimentos, a todas aquelas pessoas que no meu dia-a-dia me fazem sentir “especial” dentro da minha normalidade.

18/01/10

I Have A Dream.

Como Martin Luther King um dia disse no seu belo discurso para o mundo, eu também tenho um sonho. Bem não é só um, são vários. Sonho com a igualdade entre os seres humanos, porque apesar de diferentes somos todos feitos do mesmo. Sonho com o fim da descriminação seja ela de que tipo seja, não me considero nenhuma santa, já descriminei e gozei com muita gente e também já fui descriminada e gozada por muitos e quem for santo que me atire a primeira pedra. Tenho o sonho de que a justiça no nosso e nos outros países se torne eficiente e que culpe os malfeitores sem os salvar só porque têm dinheiro ou porque são figuras públicas. Gostava também que a pobreza desaparece-se do nosso planeta e gostaria de um dia olhar para uma televisão e poder ler "A pobreza foi erradicada do nosso mundo!", gostava de poder andar à noite pela rua sem ver pessoas deitadas num canto, a tremer de frio só porque não têm um tecto para viver. Sonho ainda, e esse é sem dúvida o meu maior sonho, com a paz no mundo, estou farta de olhar para as notícias e ver que morrem todos os dias por causa das guerras que ainda existem. Gostava que estes meus sonhos, que com certeza não serão só meus, se realizem. Mas não sei se serei gente quando eles se realizaram, mas como se costuma dizer "a esperança é a ultima a morrer" e por enquanto a minha não morreu.

Curei-me, mas sozinha.

Tive um inicio de adolescência particularmente difícil. Onde fiz o que não devia e o que não queria. Fui inundada por uma serie de problemas, alguns dos quais ainda me custam digerir. Para uma miúda com 14 anos feitos recentemente conviver com tantos problemas e tantas mudanças não foi nada fácil. Passei por uma fase de autodestruição que por pura sorte não terminou da pior maneira. Dai sucederam-se as minhas tentativas de sair daquele estado depressivo que hoje em dia, dois anos depois, raramente atinjo, o que me deixa muito feliz. Mas havia sempre algo que deitava tudo por terra, por mais pequeno que fosse, lá voltava eu a bater no fundo. Muitos foram aqueles que me criticaram e que me julgaram, poucos foram os que do meu lado ficaram e entenderam o que eu sentia. Obrigado a todos eles, por tudo o que fizeram por mim. Adiante, depois de tantas tentativas de autodestruição, resolveram o que para mim foi a pior coisa que me podiam ter feito. Fazerem me falar com alguém que só conhecia de vista e que da qual fugia a sete pés. Odiei aquilo com todas as minhas forças. Fui arrogante, bruta, estúpida e tudo o que consegui ser, porque pensava que assim me deixariam em paz, o que acabou por acontecer. Depois desta fase comecei a concentrar-me em mim e em sair daquele estado em que estava. E por mais estranho que pareça, consegui, e voltei a ser mais ou menos quem era, apesar de ter mudado bastante, sentia-me igual ao que era. Tenho de agradecer a quem me ajudou e principalmente à minha força interior, que ainda não sei onde a fui buscar, sem ela ainda seria aquela pessoa triste. :)

17/01/10

Existem cursos de Sorrir?

Há dias pus me a pensar e cheguei a esta triste conclusão, não fui ensinada a sorrir. Não é que um sorriso seja algo que venha escrito num manual de instruções ou que existam aqueles cursos que se podem fazer comodamente sentados num sofá a olhar para uma pessoa que nos demonstre como fazê lo. Como é que cheguei a esta conclusão? Não sei bem, acho que foi num daqueles dias em que me deu para pensar e surgiu-me esta maravilhosa conclusão. Mas com que argumentos explico esta minha teoria? Não são assim tantos como seria imaginável, são bem poucos até, nem cabem nos dedos de uma mão, seja ela de que tamanho seja. Adiante, o primeiro argumento que apresento é: não fui habituada a sorrir. Talvez tenha sido por crescer num meio de adultos onde um sorriso de criança era literalmente jogado para trás e em que a única criança para além de mim era um bebé de meses que só sorria quando brincavam com ele ou lhe satisfaziam os desejos. Podia ser por estar rodeada de tanta dor e sofrimento por metro quadrado que percorria. Segundo e último argumento: havia muito pouca gente que merecesse o meu sorriso. Isto devia-se ao facto de ser um "bicho-do-mato" que só confiava em meia dúzia de pessoas. Pode ser visto como um defeito ou virtude já que estas minhas desconfianças e medos já me ajudaram em muita coisa mas também me prejudicaram muito. Como referido anteriormente os argumentos não são muitos, apenas 2, que nem por sombras são o número de dedos de uma mão humana, só se esta sofreu uma amputação de 3 dedos por algum motivo. Com estas evoluções ao nível dos mais variados assuntos, porque é que ainda não inventaram um curso de sorrir, para pessoas assim como eu, que não nasceram com essa habilidade. Tenho o sonho de num futuro próximo puder frequentar um curso deste género e deixar de imitar os sorrisos das figuras imóveis das revistas e das que se movem na televisão :)

Sofro por isto...

Eras e és meu irmão mas nunca te conheci, é uma dor que tenho. Gostava de te ter conhecido. Mas não tive essa hipótese. Partiste cedo demais. Sé cá tivesses eu não existia, não fui planeada, eras o menino de ouro dos nossos pais. Eras o filho que qualquer pai e mãe gostariam de ter. Se eu existisse contigo cá, talvez serias a minha companhia, a pessoa que me fez falta todos estes anos, o irmão que me fez falta, aquele que me apoiava nos momentos difíceis, o que tinha sempre aquela palavra para me alegrar quando queria que tudo acabasse. Mas tinhas que ir e dar essa dor aos nossos pais e fazer me crescer mais ou menos sozinha e com a falta daquele carinho de irmão que me faltou. Isto será talvez o egoísmo a falar, não sei sequer se me posso dar ao luxo de o poder fazer. Mas não sou a única que sente esta espécie de egoísmo, também a nossa irmã que te conheceu, algo que sempre sonhei poder fazer, mas não tive essa chance e custa-me aceitar, mas terei de conviver com este sentimento dentro de mim até ao fim dos meus dias. Quero que saibas que te Amo e que sofro por não te ter aqui comigo. Talvez seja tarde ou eu não tenha moral nenhuma para o dizer, mas embora não pareça é um sentimento verdadeiro. Amo-te meu irmão. Até ao nosso reencontro Nuninho :(